O Schalke, um dos clubes de futebol mais tradicionais da Alemanha, está sendo alvo de críticas de muçulmanos incomodados com um trecho do hino do clube. Nos últimos dias, a direção do clube recebeu centenas de cartas e e-mails de protesto.
Eles foram motivados por matérias na imprensa turca, que considerou a letra do hino – escrita em 1963 – ofensiva ao profeta Maomé.
O trecho polêmico está na terceira estrofe do hino. "Maomé era um profeta que nada entendia de futebol. Mas dentre todas as belas cores, ele escolheu o branco e o azul", diz a letra do hino, cantado pelos torcedores antes dos jogos da equipe de Gelsenkirchen.
O Schalke levou as ameaças a sério e contratou um especialista em islamismo para analisar a letra. O clube divulgou que apenas se pronunciará sobre o caso após o parecer do especialista.
O Conselho Central dos Muçulmanos na Alemanha vê necessidade de o clube agir, mas também tentou acalmar os ânimos. "Não vejo má intenção ou blasfêmia. No entanto, não está expresso o respeito que nós, muçulmanos, devotamos ao profeta. A formulação sucinta pode enfurecer algumas pessoas", declarou o secretário-geral Aiman Mazyek à agência de notícias SID.
Para ele, as críticas ao Schalke estão relacionadas com o clima de insegurança e preocupação que domina a comunidade islâmica do país, "após o terrível assassinato" em Dresden. "Muitos muçulmanos na Alemanha não têm mais um sentimento de segurança. Os nervos estão à flor da pele", disse Mazyek à agência de notícias epd.
No dia 1º de julho passado, um réu matou com 18 facadas uma testemunha de origem muçulmana no tribunal da cidade alemã. A vítima estava grávida. Na época, muçulmanos protestaram pela pouca repercussão que o caso teve na imprensa alemã.
"Não haverá da nossa parte uma exigência de que a canção seja proibida, mas de que seja esclarecido o contexto da canção", disse Mazyek, lembrando que o Schalke possui muitos torcedores e jogadores de origem turca.
Um porta-voz do Schalke disse que a integração de estrangeiros faz parte dos objetivos do clube desde 1994. O clube também participa de projetos contra a xenofobia. Além disso, lembrou o porta-voz, vários jogadores muçulmanos já jogaram ou jogam no Schalke, como o turco Halil Altintop.
Fonte: DW World
Eles foram motivados por matérias na imprensa turca, que considerou a letra do hino – escrita em 1963 – ofensiva ao profeta Maomé.
O trecho polêmico está na terceira estrofe do hino. "Maomé era um profeta que nada entendia de futebol. Mas dentre todas as belas cores, ele escolheu o branco e o azul", diz a letra do hino, cantado pelos torcedores antes dos jogos da equipe de Gelsenkirchen.
O Schalke levou as ameaças a sério e contratou um especialista em islamismo para analisar a letra. O clube divulgou que apenas se pronunciará sobre o caso após o parecer do especialista.
O Conselho Central dos Muçulmanos na Alemanha vê necessidade de o clube agir, mas também tentou acalmar os ânimos. "Não vejo má intenção ou blasfêmia. No entanto, não está expresso o respeito que nós, muçulmanos, devotamos ao profeta. A formulação sucinta pode enfurecer algumas pessoas", declarou o secretário-geral Aiman Mazyek à agência de notícias SID.
Para ele, as críticas ao Schalke estão relacionadas com o clima de insegurança e preocupação que domina a comunidade islâmica do país, "após o terrível assassinato" em Dresden. "Muitos muçulmanos na Alemanha não têm mais um sentimento de segurança. Os nervos estão à flor da pele", disse Mazyek à agência de notícias epd.
No dia 1º de julho passado, um réu matou com 18 facadas uma testemunha de origem muçulmana no tribunal da cidade alemã. A vítima estava grávida. Na época, muçulmanos protestaram pela pouca repercussão que o caso teve na imprensa alemã.
"Não haverá da nossa parte uma exigência de que a canção seja proibida, mas de que seja esclarecido o contexto da canção", disse Mazyek, lembrando que o Schalke possui muitos torcedores e jogadores de origem turca.
Um porta-voz do Schalke disse que a integração de estrangeiros faz parte dos objetivos do clube desde 1994. O clube também participa de projetos contra a xenofobia. Além disso, lembrou o porta-voz, vários jogadores muçulmanos já jogaram ou jogam no Schalke, como o turco Halil Altintop.
Fonte: DW World
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