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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

OMG News: Lançada a NOVA ALIANÇA EVANGÉLICA BRASILEIRA

CONHEÇA A CARTA DE PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA ALIANÇA EVANGÉLICA

Movimento pretende ser a voz das igrejas evangélicas para sociedade. Aliança procura aprender com os erros do passado para não ter o mesmo futuro da Associação Evangélica Brasileira (AEVB).

Nessa terça-feira, 30 de novembro, na Catedral Metodista de São Paulo, aconteceu o lançamento da Aliança Cristã Evangélica do Brasil (Aceb). Com intuito de unificar a Igreja brasileira, a aliança procura aprender com os erros do passado para não ter o mesmo futuro da Associação Evangélica Brasileira (Aevb).

Valdir Steuernagel, pastor luterano, foi quem surgiu com a idéia do novo projeto e facilitou a comunicação. Juntamente com a missionária Durvalina Bezerra, o bispo Walter Mcalister e o pastor Fabrício Cunha, formam a diretoria da nova aliança. O evento tinha o intuito não só de lançar a Aceb, mas também de apresentar suas propostas a pastores e líderes.

Cerca de 70 pessoas de diferentes denominações se reuniram para entender o novo projeto. Com início às 9h, o lançamento contou com palestras a fim de informar e sanar dúvidas dos presentes. Pelo histórico da Aevb, muitos agiram com desconfiança diante das novas propostas. O pastor Valdir explica que os erros do passado servem como aprendizado e não devem ser repetidos. "Nossa intenção não é refazer, nem repor, mas sim responder às necessidades da nova geração", afirma.

Sobre a representatividade de todas as igrejas evangélicas do Brasil, o pastor Fabrício Cunha foi categórico, "quem representa todo mundo, não representa ninguém". A intenção é de unir as congregações com o mesmo objetivo, que aceitem se colocar nas regras da carta de princípios.

Quando questionados sobre a maior dificuldade que enfrentarão no projeto, todos concordaram: "nós mesmos".

O movimento ficou em gestação por cerca de um ano e meio e foi fundado oficialmente no dia 30. Os representantes perecem otimistas e destacam a importância de um desenvolvimento lento, para que seja funcional.



CONHEÇA A CARTA DE PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA ALIANÇA EVANGÉLICA


ALIANÇA CRISTÃ EVANGÉLICA BRASILEIRA

A unidade na fé a caminho da missão

Nossa Visão

Manifestar a unidade da igreja por meio do testemunho visível

de amor e serviço no evangelho de Jesus Cristo.

Nossa Missão

A Aliança Cristã Evangélica Brasileira é uma parceria de igrejas e organizações e tem como missão congregar seguidores do Senhor e Salvador Jesus Cristo como expressão da unidade da igreja.

Sob o nome de Aliança, lembramos que na história da redenção Deus é Deus de aliança. No Antigo Testamento, ele chama várias tribos para entrar em aliança com ele e constituir um povo. No Novo Testamento, pelo sacrifício do seu Filho, ele estabelece uma nova aliança, por meio da qual chama homens e mulheres de diferentes nações e raças para constituir o seu povo – único, que serve a um só Deus e tem um só Senhor, Jesus Cristo. Isso é estabelecido pela dádiva do Espírito Santo, que nos une no vínculo da paz. Em aliança manifestamos nosso desejo de que se cumpra em nossas vidas a oração de Jesus: “para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti, que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17.22).

A Aliança Cristã Evangélica Brasileira identifica-se como seguidora de Jesus Cristo, razão pela qual participa do esforço pela unidade da igreja. A serviço dessa mesma igreja, ela se sabe, também, a serviço da missão de Deus no mundo, o que se dá sob a direção da Palavra de Deus e a inspiração do Espírito Santo.

A Aliança confessa a sua fé em sintonia com o legado evangélico que tem marcado significativos setores da igreja cristã e se sabe alicerçada nos marcos da Reforma Protestante, com destaque especial para os seus postulados básicos: Sola Scriptura, Solo Christus, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria.

Ela afirma seu compromisso a partir da realidade brasileira, na qual quer viver em obediência a Deus e a serviço da sua igreja.

Ela congrega denominações, igrejas, redes, associações, organizações, ministérios e movimentos que se identificam e compactuam com suas crenças, valores e princípios, como descritos neste documento.


Nossas Crenças

Afirmamos a nossa fé com toda a igreja de Jesus Cristo, conforme as palavras do Credo Apostólico:

Creio em Deus Pai, todo-poderoso, Criador do céu e da terra.

E em Jesus Cristo, seu Filho unigênito, nosso Senhor, o qual foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria, padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu ao inferno, no terceiro dia ressuscitou dos mortos, subiu ao céu, e está sentado à direita de Deus Pai, todo-poderoso, de onde virá para julgar os vivos e os mortos.

Creio no Espírito Santo, na santa Igreja Cristã, a comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo e na vida eterna. Amém.

Afirmamos a nossa fé bíblica com a comunidade evangélica histórica e global, para o que destacamos as seguintes marcas:

1. Como seguidores de Jesus Cristo, confessamos nossa fé no Deus vivo, revelado por meio das Escrituras como o Deus trino: Pai, Filho e Espírito Santo. Adoramos e servimos a Deus Pai, como criador e sustentador de céus e terra; a Jesus Cristo, como Senhor e Salvador, que busca a reconciliação de todo o universo com ele mesmo; e ao Espírito Santo, como o consolador, intercessor e mantenedor da nossa fé, que nos capacita para servir a Deus no mundo.

2. A Bíblia como Palavra de Deus, diretriz da nossa fé e disciplina das nossas práticas, que registra a revelação divina para a redenção da totalidade da criação.

3.Todos os seres humanos são formados à imagem de Deus para amá-lo, adorá-lo e servi-lo. Em decorrência da queda humana, causada pela rebelião contra o Criador, porém, a realidade do mal e do pecado nos separa de Deus e se instala, com todas as suas funestas consequências, em todas as áreas do relacionamento humano, bem como em todo o mundo criado por Deus.

4. Jesus de Nazaré, o Cristo, é o único mediador entre Deus e os homens e mulheres. A sua encarnação é o nosso modelo de vida e missão. O seu sacrifício na cruz é a expiação dos nossos pecados e a expressão da sua graça redentora. A sua ressurreição é o anúncio de vida nova e a esperança de novos céus e nova terra.

5. A igreja como um sinal visível do Reino de Deus é formada pelos que acolheram o evangelho e assim constituem o corpo comunitário de Cristo, o qual, sob a marca da Palavra e do Espírito, está comprometido com a vivência testemunhal ativa da unidade e missão de Deus no mundo.

6. O anúncio da missão redentora e restauradora de Deus no mundo, com o qual nos comprometemos, se concretiza por meio do compromisso de vida, da palavra anunciada, da voz profética, da ação de fé realizada e do sinal milagroso de Deus entre nós. Missão que é confiada por Deus à igreja e que se realiza a cada geração e em todos os lugares deste mundo criado por Deus, sempre no poder do Espírito Santo.

7. A esperança na volta de Cristo, quando ressuscitará os mortos e trará salvação eterna e julgamento final, estabelecendo novos céus e nova terra, onde habita a justiça, conforme a promessa da sua própria Palavra.

Nossos Valores

Buscamos viver a nossa fé segundo os valores encontrados nas Escrituras e que a fé cristã tem afirmado e vivido no decorrer da história. Estes valores anseiam ser uma expressão dos valores do Reino de Deus, na unidade do Espírito, e assim devem ser vividos.

*

A fé, a esperança e o amor, sendo que o maior deles é o amor, como diz o apóstolo Paulo. Buscamos o amor que se inspira no amor de Deus, a esperança que se nutre da promessa de vida a nós dada por Jesus e a vivência de uma fé que é sempre dom de Deus.

*

A verdade que liberta. Cremos na verdade que Jesus nos trouxe na sua vida e por meio dela, e que produz liberdade e libertação de todos os mecanismos de opressão, violentação, mentira e morte.

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A construção da comunidade. A fé cristã tem uma vocação comunitária e sempre se expressa em igreja – a comunidade de fé. A igreja é comunidade missionária e, como tal, é comunidade que acolhe e busca o outro, especialmente o marginalizado – a criança, o pobre e o oprimido.

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A prática da oração em sinal de dependência de Deus. Convidados e desafiados pelo Evangelho, praticamos a oração uns pelos outros, bem como a intercessão por todos, especialmente pelas autoridades dos lugares onde exercemos ministério.

*

A afirmação da vida. Afirmamos a vida como sendo uma preciosa e amorosa criação de Deus. Ela deve ser valorizada, preservada e nutrida em todos os seus momentos, tempos, expressões e lugares.

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O compromisso com a criação. Afirmamos a criação como uma dádiva de Deus para nela o ser humano construir a vida em comunidade, com responsabilidade ambiental e em adoração ao próprio Deus.

*

A prática do perdão. Inspirados na realidade do perdão de Deus, buscamos praticá-lo no decorrer da vida.

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A valorização da diversidade, assim como da igualdade. Deus nos criou como homens e mulheres. Criou-nos iguais na nossa humanidade e diversos na expressão desta. Somos fruto da sabedoria e do amor criativos de Deus e rejeitamos práticas e expressões de preconceito, discriminação e intolerância.

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A busca da paz com justiça. Cremos na realidade, possibilidade e necessidade da paz em todos os níveis da vida humana, na consciência de que tal paz só ocorre acompanhada da justiça. Paz e justiça são irmãs gêmeas.

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O compromisso com uma ética individual e coletiva. A fé e a vida formam uma unidade indivisível: uma não pode existir sem a outra. A fé em Cristo precisa seguir a Cristo na construção de uma vida individual e coletiva marcada pelo compromisso com uma ética de amor, justiça, verdade e integridade.

Nossos Princípios

Cremos que o seguimento a Jesus Cristo, a vivência da fé na comunidade dos crentes e o serviço a Deus no contexto brasileiro e a partir dele nos convidam e convocam a pautar a nossa vivência de acordo com os princípios que enumeramos a seguir. Comprometidos com estes princípios, nos percebemos, não como aqueles que já os alcançaram, mas como aqueles que estão a caminho.

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Amamos porque Deus nos amou primeiro. Na consciência do amor de Deus, que nos acolhe e recebe, pautamos a nossa ação inspirados nesse amor.

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A verdade é vivida em amor. Reconhecendo a Jesus como a verdade, cremos que o seu amor deve pautar a busca e a afirmação da verdade.

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Buscamos a construção da confiança e da unidade. A fé em Cristo produz confiança em Deus e no próximo, e essa confiança é vivida e testada na comunidade de fé que busca a unidade.

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Cidadania e serviço – a nossa fé, inspirada no modelo de Jesus, nos ensina a priorizar o bem do outro, servi-lo com amor e zelar pelo exercício de uma cidadania marcada pela justiça, pelo amor e pela verdade, sempre que isto não implique manifestação de apoio político-partidária nem apoio a uma candidatura para cargo político eletivo.

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Horizontalidade nos processos decisórios. A fé cristã valoriza a comunidade e afirma o princípio do serviço e da igualdade humana.

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Transparência que gera credibilidade. Cremos que a verdade do Evangelho produz confiança e esta gera transparência marcada pela verdade, pela confissão e pelo perdão.

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Liberdade com responsabilidade. Advogamos um estado laico, no qual se observa a liberdade religiosa e o direito ao culto. Liberdade essa que afirma a construção de toda a sociedade e nega direitos a grupos e setores particulares com exclusão de outros.



Nossos Objetivos

A Aliança Cristã Evangélica Brasileira tem por finalidade:

1.Testemunhar a unidade do Corpo de Cristo, mediante o estabelecimento e desenvolvimento de relações fraternais entre os cristãos evangélicos brasileiros e organizações afins, identificados com os objetivos da Aliança Evangélica, sua Carta de Princípios e Diretrizes.

2.Testemunhar a unidade do Corpo de Cristo, como Aliança, perante outras expressões cristãs presentes em nosso contexto e áreas de ministério.

3.Servir de espaço de relacionamento para troca de experiências entre cristãos evangélicos, participantes de igrejas, organizações de serviços, redes ministeriais e entidades afins.

4.Exercer um papel de informação e comunicação entre os participantes da Aliança e entre estes e a sociedade brasileira.

5.Potencializar ações e facilitar parcerias em áreas da vida da igreja, tais como evangelização e ação social, ação pastoral, reflexão teológica, diaconia, direitos humanos, capelanias, ações missionárias e de intercessão, entre outras iniciativas e atuações relevantes à igreja de Cristo, sempre respeitando a diversidade denominacional e a autonomia de seus membros.

6.Posicionar-se sobre questões relevantes para os filiados da Aliança e manifestar-se oportunamente sobre seus posicionamentos mediante anuência do Conselho Geral.

Nossa Filiação

*Podem ser filiados à Aliança, com direito a voz e voto, organizações evangélicas, tais como igrejas, denominações, agências, organizações e movimentos que subscrevam a sua Carta de Princípios e Diretrizes.

*Podem ser recebidas como filiadas da Aliança, com direito a voz, pessoas físicas que subscrevam a sua Carta de Princípios e Diretrizes, desejosas de contribuir e participar da vida da Aliança.

Este item ainda necessita maior maturação. Queremos ter as portas abertas para a filiação de pessoas, mas insistimos que “voz e voto” devem ser uma prerrogativa das instituições filiadas à Aliança, às quais as pessoas seriam, em princípio, filiadas e portanto nelas representadas.

Nosso Funcionamento

1.A Aliança realizará o Fórum de Filiados a cada três anos pelo menos ou sempre que o Conselho Geral o convocar.

2.O Fórum de Filiados da Aliança escolherá um Conselho Geral, que se reunirá anualmente, composto por 15 membros, que deliberará sobre os interesses da Aliança no período entre a realização dos referidos fóruns.

3.Assim que for constituído e sempre que for reformulado, o Conselho Geral escolherá um Grupo Coordenador, composto de 5 membros dentre os seus integrantes.

4.O Grupo Coordenador escolherá entre seus pares um Coordenador e dois Vice-Coordenadores.

5.O Grupo Coordenador contratará um Coordenador Executivo.

6.O Conselho Geral será renovado a cada três anos em, pelo menos, um terço dos seus membros.

7.Os membros do Conselho Geral que vierem a concorrer a eleição político-partidária serão automaticamente desligados do Conselho.

8.Os membros do Conselho Geral têm livre acesso a todas as reuniões, foros e organismos da Aliança.

9.A Aliança nomeará embaixadores que se identifiquem inteiramente com os seus valores, princípios e propósitos, para trabalharem no sentido de propagá-los. A nomeação será feita pelo Conselho Geral e terá duração de 3 (três) anos. A nomeação poderá ser renovada ou suspensa por justificado motivo.

10.Compete ao Conselho Geral indicar Grupos de Trabalho que serão constituídos conforme os objetivos da Aliança.

Compete ao Conselho Geral

1.Convocar o Fórum de Filiados da Aliança, por meio do Grupo Coordenador.

2.Conduzir o processo de aceitação de novos filiados.

3.Conduzir o processo de desligamento de determinado filiado.

4.Comunicar aos filiados da Aliança sobre suas decisões e estimular a participação destes.

5.Escolher o Grupo Coordenador da Aliança, constituído de 5 membros, dentre os integrantes do Conselho Geral.

6.Nomear os Embaixadores da Aliança.

7.Nomear representantes regionais ou estaduais da Aliança.

8.Apresentar relatórios financeiros e de atividades.

9.Conduzir o processo que resultará na formação dos grupos de trabalho.

Compete ao Grupo Coordenador

1.Operacionalizar as deliberações do Conselho Geral.

2.Representar a Aliança em todos os foros que se fizerem necessários, podendo para isso convidar outro membro do Conselho Geral ou designar o Coordenador Executivo para que o faça.

3.Contratar o Coordenador Executivo, bem como acompanhar e supervisionar o seu trabalho.

4.Elaborar, junto com o Coordenador Executivo, o Plano de Trabalho Anual.

5.Responsabilizar-se pelas comunicações e manifestação de declarações da Aliança por meio de toda e qualquer mídia, seja interna ou externa. A Aliança se manifestará por meio dos seus órgãos constituídos e em acordo com os seus objetivos, observando os princípios da neutralidade político-partidária.

Compete ao Coordenador Executivo

1.Gerenciar e responder pela tesouraria e contabilidade.

2.Implementar o plano de trabalho anual do Conselho Geral.

3.Junto com o Conselho Geral, formular, coordenar e acompanhar os grupos de trabalho responsáveis pela execução do plano anual de atividades.

4.Manter uma rede de coordenadores regionais ou estaduais.

5.Representar a Aliança em reuniões e eventos do interesse desta.

Das Receitas e Despesas

A receita da Aliança será constituída pela taxa anual, estabelecida pelo Conselho Geral, de seus Filiados e por doações voluntárias, desde que tais recursos não tenham origem em atividades ilegais nem em qualquer tipo de jogo.

Toda a receita será aplicada única e exclusivamente na consecução dos objetivos e finalidades da Aliança.

Da Alteração da Carta de Princípios e Diretrizes

A Carta de Princípios e Diretrizes da Aliança poderá ser alterada no Fórum de Filiados mediante a aprovação de maioria simples.

Informações Mayra Bondança - Creio / Aliancaevangelica.org.br