O bispo Paulo Mendes perdoou o padre da catedral de São José do Rio Preto, a 451 quilômetros da capital paulista, detido pela polícia acusado de dirigir embriagado, atropelar dois motociclistas e omitir socorro.
Dom Paulo Mendes decidiu ainda não afastar o pároco da igreja durante o processo, mesmo sabendo que o padre Aparecido Donizete Bianchi já respondeu processo por dirigir embriagado.
- Eu conversei com ele, que estava tranquilo por não ser culpado. Ele diz que não estava dirigindo o carro. Estou acreditando na palavra dele e aguardando que a própria Justiça esclareça o que ocorreu - afirmou Dom Paulo.
O padre Aparecido Donizete Bianchi e mais dois amigos foram detidos, na tarde desta segunda-feira, a quase um quilômetro do local do acidente. Segundo testemunhas, o carro em que eles estavam atropelou dois motociclistas em um cruzamento da cidade e fugiu sem prestar socorro. Uma das vítimas está em estado grave no Hospital de Base da cidade. Há suspeita de que Bianchi também estivesse embriagado, mas ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e o exame de sangue. Latas de cerveja foram encontradas dentro do veículo.
O padre já foi condenado no ano passado por crimes no trânsito. Ele foi abordado numa fiscalização de rotina em 2006 e, além de estar embriagado, tentou subornar os policiais. A sentença, publicada em outubro do ano passado, é referente a um episódio ocorrido em 26 de dezembro de 2006. Na ocasião, o pároco foi parado por PMs enquanto dirigia na contramão de uma rua.
Segundo denúncia do Ministério Público, durante a abordagem, Donizeti desacatou os PMs e ofereceu dinheiro para ser liberado. À época, em depoimento, testemunhas disseram que o padre chegou a dançar uma música do grupo musical baiano "É o Tchan" e fazer gestos obscenos para os políciais. Porém, como o religioso era réu primário, a pena de prisão foi substituída pelo pagamento de R$ 500 a uma instituição de caridade, além de R$ 138,33 em multas.
Mas, segundo Dom Paulo, o padre não estaria consumindo álcool há algum tempo por recomendação médica. Um inquérito foi instaurado e Bianchi vai responder agora por omissão de socorro e embriaguez ao volante. À polícia, Bianchi disse que as latas haviam sido "plantadas" pelas vítimas. Novamente, ele alegou que não era ele quem dirigia na hora do acidente, mas um de seus amigos.
Uma das vítimas, o autônomo André Luiz de Jesus, de 28 anos, desmente essa versão. O outro motociclista atropelado, o padeiro Devair Ribeiro, de 25, está internado com fraturas na perna.
- Falar que não estava dirigindo o carro já é um absurdo. Eu o vi claramente. Falar que a gente colocou as cervejas no carro é pior ainda - reclama Jesus, que diz já ter assistido uma missa do padre.
Segundo ele, após atropelar Devair, o padre ainda arrastou a vítima, que estava presa ao parachoque, por cerca de cinco metros, antes de engatar a ré e fugir. Jesus diz ainda que, longe do local do acidente, testemunhas viram o padre estacionar o carro e trocar de lugar com um dos amigos.
Na delegacia, o padre afirmou que os dois motoqueiros haviam passado o sinal amarelo, sendo que no local do acidente não existe semáforo.
- Ele estava bêbado. Nem andava direito - afirma Jesus.
A polícia liberou o padre após depoimento.
Fonte: O Globo
Dom Paulo Mendes decidiu ainda não afastar o pároco da igreja durante o processo, mesmo sabendo que o padre Aparecido Donizete Bianchi já respondeu processo por dirigir embriagado.
- Eu conversei com ele, que estava tranquilo por não ser culpado. Ele diz que não estava dirigindo o carro. Estou acreditando na palavra dele e aguardando que a própria Justiça esclareça o que ocorreu - afirmou Dom Paulo.
O padre Aparecido Donizete Bianchi e mais dois amigos foram detidos, na tarde desta segunda-feira, a quase um quilômetro do local do acidente. Segundo testemunhas, o carro em que eles estavam atropelou dois motociclistas em um cruzamento da cidade e fugiu sem prestar socorro. Uma das vítimas está em estado grave no Hospital de Base da cidade. Há suspeita de que Bianchi também estivesse embriagado, mas ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e o exame de sangue. Latas de cerveja foram encontradas dentro do veículo.
O padre já foi condenado no ano passado por crimes no trânsito. Ele foi abordado numa fiscalização de rotina em 2006 e, além de estar embriagado, tentou subornar os policiais. A sentença, publicada em outubro do ano passado, é referente a um episódio ocorrido em 26 de dezembro de 2006. Na ocasião, o pároco foi parado por PMs enquanto dirigia na contramão de uma rua.
Segundo denúncia do Ministério Público, durante a abordagem, Donizeti desacatou os PMs e ofereceu dinheiro para ser liberado. À época, em depoimento, testemunhas disseram que o padre chegou a dançar uma música do grupo musical baiano "É o Tchan" e fazer gestos obscenos para os políciais. Porém, como o religioso era réu primário, a pena de prisão foi substituída pelo pagamento de R$ 500 a uma instituição de caridade, além de R$ 138,33 em multas.
Mas, segundo Dom Paulo, o padre não estaria consumindo álcool há algum tempo por recomendação médica. Um inquérito foi instaurado e Bianchi vai responder agora por omissão de socorro e embriaguez ao volante. À polícia, Bianchi disse que as latas haviam sido "plantadas" pelas vítimas. Novamente, ele alegou que não era ele quem dirigia na hora do acidente, mas um de seus amigos.
Uma das vítimas, o autônomo André Luiz de Jesus, de 28 anos, desmente essa versão. O outro motociclista atropelado, o padeiro Devair Ribeiro, de 25, está internado com fraturas na perna.
- Falar que não estava dirigindo o carro já é um absurdo. Eu o vi claramente. Falar que a gente colocou as cervejas no carro é pior ainda - reclama Jesus, que diz já ter assistido uma missa do padre.
Segundo ele, após atropelar Devair, o padre ainda arrastou a vítima, que estava presa ao parachoque, por cerca de cinco metros, antes de engatar a ré e fugir. Jesus diz ainda que, longe do local do acidente, testemunhas viram o padre estacionar o carro e trocar de lugar com um dos amigos.
Na delegacia, o padre afirmou que os dois motoqueiros haviam passado o sinal amarelo, sendo que no local do acidente não existe semáforo.
- Ele estava bêbado. Nem andava direito - afirma Jesus.
A polícia liberou o padre após depoimento.
Fonte: O Globo
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