O projeto da nova sede da Igreja Renascer em Cristo já está pronto. O prédio, na Avenida Lins de Vasconcelos, no Cambuci, região central de São Paulo, irá substituir o antigo templo, destruído após o desabamento do teto em 18 de janeiro. A tragédia, que completa seis meses hoje, deixou nove mortos e 108 feridos.
A Prefeitura ainda não autorizou a construção, que nem tem data para começar. Mesmo assim, a Renascer está pedindo doações aos seus fiéis desde fevereiro.
A reconstrução do templo recebeu o nome de "Projeto Neemias". O personagem bíblico que batizou a campanha aparece no Antigo Testamento como o responsável por construir os muros de Jerusalém.
Já o desenho das paredes da nova sede da Renascer serão do arquiteto José Lucena. Ele idealizou um prédio com cerca de 2.600 metros quadrados e capacidade para receber 500 pessoas, além de um imóvel anexo com salas de aula e escritórios administrativos.
O templo tem a pretensão de ser a primeira igreja ecologicamente correta do Brasil, a partir da economia de água, energia elétrica e gás carbônico. Outra preocupação dos arquitetos foi quanto à acessibilidade. Previsto para ter dois andares, o imóvel contará com rampas e elevadores para pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção. O altar terá um espelho d'água, vegetações e uma referência a uma visão que Estevam Hernandes, líder da religião, afirma ter tido no dia anterior ao desastre.
Contribuição mensal
Hernandes mostrou imagens da planta e de uma maquete virtual do novo templo para milhares de fiéis durante um evento chamado "Ceia de Oficiais", domingo passado, no Ginásio do Ibirapuera. Ele disse, ainda, que tem autorização da Prefeitura para tocar a obra desde 29 de junho. A Secretaria Municipal da Habitação informou, porém, que o pedido de alvará da igreja ainda está sendo analisado.
Ao final da apresentação, os interessados souberam que podem contribuir por telefone e pela internet através de quatro planos. Já estão disponíveis os carnês bronze (doações de R$ 15 a R$ 100 por mês), prata (de R$ 100 a R$ 500), ouro (de R$ 500 a R$ 1.000) e diamante (acima de R$ 1.000). A Igreja Renascer não comentou a construção da nova sede.
Vizinhos ficam sem reforma
Não poder lavar as roupas em casa é apenas um dos contratempos enfrentados por Vera Lúcia Moregola, moradora da vila da Rua Robertson, atrás do templo da Igreja Renascer, no Cambuci, Centro. Os cômodos dos fundos, onde ficam as máquinas de lavar e secar, estão interditados há seis meses, pois foram atingidos pelos escombros.
Vera e o marido, Marassoré Moregola, estão processando a Renascer para serem indenizados.
- Nossa única arma é a Justiça. A edícula está com a estrutura comprometida. Isso é um perigo", diz Marassoré. Sua vizinha, Norma Cristina Ribeiro, de 53 anos, não esperou a Justiça. "A igreja disse que não tem culpa, que o problema é nosso.
Seis imóveis da vila foram afetados pelo desabamento. Em dois deles, homens pagos pela Renascer fizeram os reparos.
- Colocaram telhas novas, mas as vigas são antigas - conta uma moradora.
A igreja diz que as reformas foram feitas "onde houve autorização dos proprietários."
Fonte: O Globo online
A Prefeitura ainda não autorizou a construção, que nem tem data para começar. Mesmo assim, a Renascer está pedindo doações aos seus fiéis desde fevereiro.
A reconstrução do templo recebeu o nome de "Projeto Neemias". O personagem bíblico que batizou a campanha aparece no Antigo Testamento como o responsável por construir os muros de Jerusalém.
Já o desenho das paredes da nova sede da Renascer serão do arquiteto José Lucena. Ele idealizou um prédio com cerca de 2.600 metros quadrados e capacidade para receber 500 pessoas, além de um imóvel anexo com salas de aula e escritórios administrativos.
O templo tem a pretensão de ser a primeira igreja ecologicamente correta do Brasil, a partir da economia de água, energia elétrica e gás carbônico. Outra preocupação dos arquitetos foi quanto à acessibilidade. Previsto para ter dois andares, o imóvel contará com rampas e elevadores para pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção. O altar terá um espelho d'água, vegetações e uma referência a uma visão que Estevam Hernandes, líder da religião, afirma ter tido no dia anterior ao desastre.
Contribuição mensal
Hernandes mostrou imagens da planta e de uma maquete virtual do novo templo para milhares de fiéis durante um evento chamado "Ceia de Oficiais", domingo passado, no Ginásio do Ibirapuera. Ele disse, ainda, que tem autorização da Prefeitura para tocar a obra desde 29 de junho. A Secretaria Municipal da Habitação informou, porém, que o pedido de alvará da igreja ainda está sendo analisado.
Ao final da apresentação, os interessados souberam que podem contribuir por telefone e pela internet através de quatro planos. Já estão disponíveis os carnês bronze (doações de R$ 15 a R$ 100 por mês), prata (de R$ 100 a R$ 500), ouro (de R$ 500 a R$ 1.000) e diamante (acima de R$ 1.000). A Igreja Renascer não comentou a construção da nova sede.
Vizinhos ficam sem reforma
Não poder lavar as roupas em casa é apenas um dos contratempos enfrentados por Vera Lúcia Moregola, moradora da vila da Rua Robertson, atrás do templo da Igreja Renascer, no Cambuci, Centro. Os cômodos dos fundos, onde ficam as máquinas de lavar e secar, estão interditados há seis meses, pois foram atingidos pelos escombros.
Vera e o marido, Marassoré Moregola, estão processando a Renascer para serem indenizados.
- Nossa única arma é a Justiça. A edícula está com a estrutura comprometida. Isso é um perigo", diz Marassoré. Sua vizinha, Norma Cristina Ribeiro, de 53 anos, não esperou a Justiça. "A igreja disse que não tem culpa, que o problema é nosso.
Seis imóveis da vila foram afetados pelo desabamento. Em dois deles, homens pagos pela Renascer fizeram os reparos.
- Colocaram telhas novas, mas as vigas são antigas - conta uma moradora.
A igreja diz que as reformas foram feitas "onde houve autorização dos proprietários."
Fonte: O Globo online
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