Os Estados Unidos deram início neste domingo a uma ofensiva diplomática no Oriente Médio, tentando passar a mensagem de que o governo do presidente Barack Obama tem a ambição de chegar a um "acordo amplo" de paz na região.
O enviado americano para o Oriente Médio, George Mitchell, se reuniu com o presidente da Síria, Bashar Assad, a quem pediu "cooperação total" na tarefa.
Na capital síria, Damasco, Mitchell disse que restabelecer a paz entre a Síria e Israel é um "objetivo de curto prazo".
Depois, viajou para Jerusalém para promover o diálogo entre Israel e os palestinos.
Síria
Foi a segunda visita de Mitchell à Síria desde junho, indicando o quanto as relações sírio-americanas foram colocadas em melhor termo desde a posse de Barack Obama, no início do ano.
A repórter da BBC em Damasco Lina Sinjab disse que o governo sírio vê a iniciativa como um importante passo para alcançar a paz.
Entretanto, segundo a correspondente, o compromisso de Obama com o diálogo é "bem-vindo mas não com muito entusiasmo".
"Retomar as Colinas de Golã de Israel é uma prioridade aqui", ela afirmou, referindo-se à reivindicação síria que perdura desde que o Estado vizinho ocupou essa porção de território em 1967.
Além disso, ela relatou, ainda existem "áreas de desentendimento" entre os Estados Unidos e a Síria, como o crucial apoio de Damasco aos grupos Hezbollah, no Líbano, e Hamas, nos territórios palestinos.
Ainda assim, Mitchell elogiou a visita ao país e disse que a tentativa de alcançar a paz na região é um "esforço histórico".
"Para sermos bem-sucedidos, precisamos que árabes e israelenses trabalhem conosco para chegar a uma paz ampla. A cooperação total do governo da República Árabe da Síria neste esforço histórico é bem-vinda", afirmou.
Israel
Na segunda parte de seu giro pelo Oriente Médio, George Mitchell tentará em Jerusalém promover as negociações entre Israel e os palestinos, em um momento em que as relações entre os americanos e israelenses estão particularmente frias.
A correspondente da BBC para o Oriente Médio, Katya Adler, disse que o governo de Barack Obama tem adotado para com a liderança israelense um tom duro e até mesmo "incomum para um presidente americano".
Washington pediu a Israel que pare a construção de assentamentos judeus na Cisjordânia - o que foi negado por Israel, que afirmou que não conterá o que chama de seu "crescimento natural" na área.
Antes do encontro com Mitchell, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que espera chegar a um acordo com os Estados Unidos.
"Esta relação é importante e forte. Naturalmente, no contexto de relações amigáveis entre aliados, não há concordância em todos os pontos, e em vários temas estamos tentando chegar a um entendimento", afirmou.
Os esforços americanos para o Oriente Médio continuarão nesta semana com outras visitas a Israel: o secretário de Defesa americano Robert Gates e o Conselheiro para Segurança Nacional James Jones.
Espera-se que o programa nuclear iraniano esteja na pauta dos encontros.
Fonte: BBC Brasil
O enviado americano para o Oriente Médio, George Mitchell, se reuniu com o presidente da Síria, Bashar Assad, a quem pediu "cooperação total" na tarefa.
Na capital síria, Damasco, Mitchell disse que restabelecer a paz entre a Síria e Israel é um "objetivo de curto prazo".
Depois, viajou para Jerusalém para promover o diálogo entre Israel e os palestinos.
Síria
Foi a segunda visita de Mitchell à Síria desde junho, indicando o quanto as relações sírio-americanas foram colocadas em melhor termo desde a posse de Barack Obama, no início do ano.
A repórter da BBC em Damasco Lina Sinjab disse que o governo sírio vê a iniciativa como um importante passo para alcançar a paz.
Entretanto, segundo a correspondente, o compromisso de Obama com o diálogo é "bem-vindo mas não com muito entusiasmo".
"Retomar as Colinas de Golã de Israel é uma prioridade aqui", ela afirmou, referindo-se à reivindicação síria que perdura desde que o Estado vizinho ocupou essa porção de território em 1967.
Além disso, ela relatou, ainda existem "áreas de desentendimento" entre os Estados Unidos e a Síria, como o crucial apoio de Damasco aos grupos Hezbollah, no Líbano, e Hamas, nos territórios palestinos.
Ainda assim, Mitchell elogiou a visita ao país e disse que a tentativa de alcançar a paz na região é um "esforço histórico".
"Para sermos bem-sucedidos, precisamos que árabes e israelenses trabalhem conosco para chegar a uma paz ampla. A cooperação total do governo da República Árabe da Síria neste esforço histórico é bem-vinda", afirmou.
Israel
Na segunda parte de seu giro pelo Oriente Médio, George Mitchell tentará em Jerusalém promover as negociações entre Israel e os palestinos, em um momento em que as relações entre os americanos e israelenses estão particularmente frias.
A correspondente da BBC para o Oriente Médio, Katya Adler, disse que o governo de Barack Obama tem adotado para com a liderança israelense um tom duro e até mesmo "incomum para um presidente americano".
Washington pediu a Israel que pare a construção de assentamentos judeus na Cisjordânia - o que foi negado por Israel, que afirmou que não conterá o que chama de seu "crescimento natural" na área.
Antes do encontro com Mitchell, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que espera chegar a um acordo com os Estados Unidos.
"Esta relação é importante e forte. Naturalmente, no contexto de relações amigáveis entre aliados, não há concordância em todos os pontos, e em vários temas estamos tentando chegar a um entendimento", afirmou.
Os esforços americanos para o Oriente Médio continuarão nesta semana com outras visitas a Israel: o secretário de Defesa americano Robert Gates e o Conselheiro para Segurança Nacional James Jones.
Espera-se que o programa nuclear iraniano esteja na pauta dos encontros.
Fonte: BBC Brasil
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