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sábado, 31 de julho de 2010

OMG News: Igrejas evangélicas se multiplicam e ameaçam hegemonia católica

Embora na América Central a tendência seja pronunciada, os dados também falam por si mesmos ao sul do Panamá. Até 1960, no Brasil os protestantes sempre haviam se mantido abaixo de 5%. Mas nos anos 90 a proporção passou de 9% para 15,4%. E hoje, com cerca de 30 milhões de evangélicos, os brasileiros disputam com Alemanha, África do Sul e Nigéria o terceiro lugar no ranking dos países com mais protestantes do mundo, liderado por EUA e Reino Unido.

O protestantismo histórico, o de Lutero, o de Calvino ou o anglicano, sempre foi muito minoritário na América colonial, e só começou a se enraizar no início do século 20, com o "revival" [renascimento] norte-americano e a expansão das Igrejas pentecostais. Mas a que se deve uma mudança tão considerável em um continente que durante séculos foi majoritariamente católico?

Samuel Rodríguez, diretor da maior organização hispano-evangélica dos EUA, a Conferência Nacional de Liderança Cristã Hispânica (NHCLC na sigla em inglês), apresenta três motivos: que para se converter "não é preciso mudar sua cultura porque o Evangelho pode entrar com qualquer sotaque; que a Igreja Evangélica propõe "uma relação pessoal com Deus, sem burocracia religiosa"; e que, diante das ditaduras, "a religião ofereceu a liberdade".

O antropólogo salvadorenho Carlos Lara afirma que em seu país a ascensão do protestantismo "tem a ver com a guerra" e, embora somente em parte, também com uma certa "reação apolítica à Teologia da Libertação". Mas para Lara o fundamental é a mudança sociocultural.

Outro baluarte evangélico é seu papel social: centros de reabilitação para drogados, apoio nas prisões, colégios... Mas não atuam só em grande escala. As Igrejas evangélicas "funcionam como microssociedades nas quais os níveis de ajuda mútua são muito fortes", explica Lara.

Há quem chegue a atribuir ao protestantismo um certo efeito de ascensão social. Mas o antropólogo americano David Stoll, autor em 1990 do premonitório ensaio "A América Latina Está se Tornando Protestante?", mostra-se cético: "Passar quatro noites na igreja, em vez de bêbado na rua, melhora a alimentação das crianças e promove relações familiares mais adequadas. Mas não se pode demonstrar que tornar-se evangélico melhore sua posição social".

Diante da perda de fiéis, Crisóforo Domínguez, da Conferência Episcopal Latino-Americana, opina que, mais que um erro, a Igreja Católica cometeu um "pecado de omissão". De fato, perguntados sobre a visita de Bento 16 ao Brasil em 2007 - interpretada na época como uma forma de conter as conversões evangélicas -, o veredicto dos acadêmicos consultados por "El País" foi unânime: de nada serviu.

Samuel Rodríguez não duvida de que até o final do século o continente será "majoritariamente evangélico". Mas nem todos veem isso tão claramente. O teólogo espanhol José Casanova, professor em Georgetown, indica que "as projeções não estão se realizando". E o sociólogo brasileiro Antonio Pierucci indica que "havia muitos católicos dispostos a abraçar uma religião mais exigente em termos de comportamento e dedicação. Inclusive no aspecto monetário. Mas nem todos", diz, e "isso definirá o teto".

Projeções estatísticas à parte, ninguém dá demasiada importância às consequências. Samuel Rodríguez acredita que "os valores [evangélicos e católicos] são os mesmos". Tanto que os compara com "uma Pepsi e uma Coca-Cola". Pierucci, por sua vez, descarta uma mudança cultural: "O grande problema é que os evangélicos proíbem o álcool, então depois de um casamento bebem água ou suco de frutas. Sabe quanto dura uma festa dessas?", pergunta com ironia.

O que parece evidente é que a óptica evangélica reserva para a mulher um papel social de maior destaque. "Esse é um aspecto muito importante", diz José Casanova. "E não tanto pelos pastores - que podem ser mulheres nas Igrejas protestantes -, como pela frequência feminina, que contrabalança o machismo."

Também há quem veja certa americanização cultural, mas Casanova aponta que, em todo caso, a influência será bidirecional. "Nos EUA, em longo prazo, haverá um deslocamento pró-democrata do voto evangélico hispânico." Rodríguez confirma que, até a chegada da lei de imigração "racista" do Arizona, "a população latina estava decidida a votar republicano".

Outro efeito da ascensão do protestantismo, segundo Casanova, é a "renovação" católica: "No Brasil os carismáticos - com práticas cerimoniais semelhantes às de alguns evangélicos - representam mais de 20%". Rodríguez aponta inclusive para a política: "Muitos líderes de sucesso falam de redenção e de Jesus". Até "a fraseologia de Hugo Chávez é evangélica", ele diz.
E o Twitter parece lhe dar razão. Depois de abrir a tumba de Bolívar, o presidente venezuelano "tuitou": "Meu Deus, Meu Deus. Meu Cristo, nosso Cristo! Enquanto rezava em silêncio vendo aqueles ossos, pensei no senhor".

Fonte: El Pais

OMG News: Líderes evangélicos demonstram perplexidade diante de desvios doutrinários

Outras manifestações nada convencionais sacudiram o segmento pentecostal de tempos em tempos. Uma delas era a denominada queda no Espírito, quando o fiel, durante a oração, sofria uma espécie de arrebatamento, caindo ao solo e permanecendo como que em transe. Disseminada a partir do trabalho de pregadores americanos como Benny Hinn e Kathryn Kuhlman, a queda no poder passou a ser largamente praticada como sinal de plenitude espiritual e chegou com força ao Brasil. A coqueluche também passou, mas ainda hoje diversos ministérios e pregadores fazem do chamado cair no poder elemento importante de sua liturgia. A moda logo foi substituída por outras, ainda mais bizarras, como a “unção do riso” e a “unção dos animais”. Disseminadas pela Comunhão Cristã do Aeroporto de Toronto, no Canadá, a partir de 1993, tais práticas beiravam a histeria coletiva – a certa altura do culto, diversas pessoas caíam ao chão, rindo descontroladamente ou emitindo sons de animais como leões e águias. Tudo era atribuído ao poder do Espírito Santo.

A chamada “bênção de Toronto” logo ganhou mundo, à semelhança das mais variadas novidades. Parece que, quanto mais espetacular a manifestação, mais ela tende a se popularizar, atropelando até mesmo o bom senso. Mas o que para muita gente é ato profético ou manifestação do poder do Senhor também é visto por teólogos moderados como simples modismos ou – mais sério ainda – desvios doutrinários. Pior é quando a nova teologia é usada com fins fraudulentos, para arrancar uma oferta a mais ou exercer poder eclesiástico autoritário. “A Bíblia diz claramente que haverá a disseminação de heresias nos últimos dias, e não um grande reavivamento, como alguns estão anunciando”, alerta Araripe Gurgel, pesquisador da Agência de Informações Religiosas (Agir). Pastor da Igreja Cristã da Trindade, ele é especialista em seitas e aberrações cristãs e observa que cada vez mais a Palavra de Deus tem sido contaminada e pervertida pelo apelo místico. “Esse tipo de abordagem introduz no cristianismo heresias disfarçadas em meias-verdades, levando a uma religião de aparência, sensorial, sem a real percepção de Deus”, destaca.

“Não dá para ficar quieto diante de tanta bizarrice”, protesta o pastor e escritor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança, em Niterói (RJ). Apologista, ele tem feito de seu blog uma trincheira na luta contra aberrações teológicas como as que vê florescer, sobretudo, no neopentecostalismo. “Acredito, que, mais do que nunca, a Igreja de Cristo precisa preservar a sã doutrina, defendendo os valores inegociáveis da fé cristã. A apologética cristã é um ministério indispensável à saúde do Corpo de Cristo”. Na internet, ele disponibiliza farto material, como vídeos que mostram um pouco de tudo. Um dos mais comentados foi um em que um dos líderes do Ministério de Madureira das Assembleias de Deus, Samuel Ferreira, aparece numa espécie de arrebatamento sobre uma pilha de dinheiro, arrecadado durante um culto. “Acabo de ver no YouTube o vídeo de um falso profeta chamado reverendo João Batista, que comercializa pó sagrado, perfume da prosperidade e até um tal martelão do poder”. acrescenta Vargens.

Autor do recém-lançado livro Cristianismo ao gosto do freguês, em que denuncia a redução da fé evangélica a mero instrumento de manipulação, o pastor tem sido um crítico obstinado de líderes pentecostais que fazem em seus programas de TV verdadeiras barganhas em nome de Jesus. “O denominado apóstolo Valdomiro Santiago faz apologia de sua denominação, a Igreja Mundial do Poder de Deus, desqualificando todas as outras. E tem ensinado doutrinas absolutamente antibíblicas, onde o ‘tomá-lá-dá-cá’ é a regra”. Uma delas é o trízimo, em que desafia o fiel a ofertar à instituição 30% de seus rendimentos, e não os tradicionais dez por cento. A “doutrina das sementes”, defendida por pregadores americanos como Mike Murdoch e Morris Cerullo nos programas do pastor Silas Malafaia, também rendeu diversos posts. Segundo eles, o crente deve ofertar valores específicos – no caso, donativos na faixa dos mil reais – em troca de uma unção financeira capaz de levá-lo à prosperidade. “Trata-se de um evangelho espúrio, para tirar dinheiro dos irmãos”, reclama Vargens. “Deus não é bolsa de valores, nem se submete às nossas barganhas ou àqueles que pensam que podem manipular o sagrado estabelecendo regras de sucesso pessoal.”

Crise teológica

Numa confissão religiosa tão multifacetada em suas expressões e diversa em termos de organização e liderança, é natural que o segmento evangélico sofra com a perda de identidade. O próprio conceito do que é ser crente no país – tema de capa da edição nº 15 de CRISTIANISMO HOJE – é extremamente difuso. E muitas denominações, envolvidas em práticas heterodoxas, vez por outra adotam ritos estranhos à tradição protestante. Joaquim de Andrade, pastor da Igreja Missionária Evangélica Maranata, do Rio, é um pesquisador de seitas e heresias que já enfrentou até conflitos com integrantes de outras crenças, como testemunhas de Jeová e umbandistas. Destes tempos, guarda o pensamento crítico com que enxerga também a situação atual da fé evangélica: “Vivemos uma verdadeira crise teológica, de identidade e integridade. Os crentes estão dando mais valor às manifestações espirituais do que à Palavra de Deus”.

Neste caldo, qualquer liderança mais carismática logo conquista seguidores, independentemente da fidelidade de sua mensagem à Bíblia. “Manifestações atraem pessoas. O próprio Nicodemos concluiu que os sinais que Cristo operou

foram além do alcance do povo, mas não temos evidência de que ele tenha mesmo se convertido”, explica o pastor Russel Shedd, doutor em teologia e um dos mais acreditados líderes evangélicos em atuação no Brasil. Ele refere-se a um personagem bíblico que teve importante discussão com Jesus, que ao final admoestou-lhe da necessidade de o homem nascer de novo pela fé. “Líderes que procuram vencer a competição entre igrejas precisam alegar que têm poder”, observa, lembrando que a oferta do sobrenatural precisa atender à imensa demanda dos dias de hoje. “Mas poder não salva nem transmite amor”, conclui.

“A busca pela expansão evangélica traz consigo essa necessidade de aculturação e, na cultura religiosa brasileira, nada mais puro do que a mistura”, acrescenta o pastor Fabrício Cunha, da Igreja Batista da Água Branca, em São Paulo. “O candomblé já fez isso, usando os símbolos do catolicismo; o espiritismo, usando a temática cristã; e agora, vêm os evangélicos neopentecostais, usando toda uma simbologia afro e um misticismo pagão”, explica. Como um dos coordenadores do Fórum Jovem de Missão Integral e membro da Fraternidade Teológica Latinoamericana, ele observa que mesmo os protestantes são fruto de uma miscigenação generalizada, o que, no campo da religião, tem em sua gênese um alto nível de sincretismo.

Acontece que, em determinadas comunidades cristãs, alguns destes elementos precisam ser compreendidos como estratégias de comunicação e atração de novos fiéis. Aí, vale tanto a distribuição de objetos com apelo mágico, como rosas ungidas ou frascos de óleo, como a oferta de manifestações tidas como milagrosas, como o já citado dente de ouro ou as estrelinhas de fogo – se o leitor ainda não conhece, saiba que trata-se de pontos luminosos que, segundo muitos crentes, costumam aparecer brilhando em reuniões de busca de poder, sobretudo vigílias durante a noite ou cultos realizados nos montes, prática comum nas periferias de grandes cidades como o Rio de Janeiro. O objetivo das tais estrelinhas? Ninguém sabe, mas costuma-se dizer que é fogo puro, assim como tantas outras manifestações do gênero.

“Alguns desses elementos são resultado de um processo de sectarização religiosa”, opina o teólogo e mestre em ciências da religião Valtair Miranda. “Ou seja, quanto mais exótica for a manifestação, mais fácil será para esse líder carismático atrair seguidores para seu grupo”. Miranda explica que, como as igrejas evangélicas, sobretudo as avivadas, são, em linhas gerais, muito parecidas, o que os grupos sectários querem é se destacar. “Eles preconizam um determinado

tópico teológico ou passagem bíblica, e crescem em torno disso. Objetos como lenços ungidos, medalhas, sal ou sabonete santificados são exemplos. Quanto mais diferente, maior a probabilidade de atrair algum curioso”. A estratégia tende a dar resultado quando gira em torno de uma figura religiosa carismática. “Sem carisma, estes elementos logo provocam sarcasmo e evasão”, ressalva. O estudioso lembra o que caracteriza fundamentalmente um grupo sectário – o isolamento. “Uma seita precisa marcar bem sua diferença para

segurar seu adepto. Quanto mais ele levantar seus muros, mais forte será a identidade e a adesão do fiel.”

“Propósito de Deus”

Mas quem faz das manifestações do poder do Espírito Santo parte fundamental de seu ministério defende que apenas milagres não bastam. “É necessário um propósito e uma mudança de vida”, declara o bispo Salomão dos Santos, dirigente da Associação Evangélica Missionária Ministério Vida. Como ele mesmo diz, trata-se de uma igreja movida pelo poder da Palavra de Deus, “que crê que Jesus salva, cura, liberta e transforma vidas”. O próprio líder se diz um fruto desse poder. Salomão conta que já esteve gravemente doente, sofrendo de hepatite, câncer e outras complicações que a medicina não podia curar. “Cheguei a morrer, mas miraculosamente voltei à vida”, garante o bispo, dizendo que chegou a jazer oito horas no necrotério de um hospital. “Voltei pela vontade de Deus”, comemora, cheio de fé.

Consciente, Salomão diz que milagres e manifestações naturais realmente acontecem, mas “somente para a exaltação e a glória do Senhor, e não de homens ou denominações”. O bispo também observa que alguns têm feito do poder extraordinário de Jesus uma grande indústria de milagres: “O Senhor não dá sua glória para ninguém. Ele opera maravilhas através da instrumentalidade de nossas vidas”. E faz questão de reiterar a simplicidade com que Jesus viveu sua vida terrena e que, muitas vezes, realizou grandes milagres sem nenhum alarde. “O agir de Deus não é um espetáculo.” (Colaborou Virgínia Martin

Sangue fajuto

A novidade chama a atenção pelo seu aspecto bizarro. Num templo da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), fiéis caminham através de pórticos representando diversos aspectos da vida (“Saúde”, “Família”, “Finanças”). Até aí, nada demais – os chamados atos proféticos como este são comuns na denominação. O mais estranho acontece depois. Caracterizados como sacerdotes do Antigo Testamento, pastores da Universal recebem as pessoas e, sobre um pequeno altar estilizado, fazem um “sacrifício de sangue”. A nova prática vem ganhando espaço nos cultos da Iurd, igreja que já introduziu no neopentecostalismo uma série de elementos simbólicos. Tudo bem que o sangue não é real (trata-se de simples tinta), mas a imolação simulada vai contra tudo o que ensina o Novo Testamento, segundo o qual Jesus, o Cordeiro de Deus, entregou-se a si mesmo como supremo e definitivo sacrifício pela humanidade. Com sangue puro, e não cenográfico.

Fonte: Cristianismo Hoje

quinta-feira, 22 de julho de 2010

OMG News: Religião não evita fim do casamento, revela pesquisa

Proporção de mulheres separadas praticamente não se altera conforme opção de igreja. A fé não segura casamentos, aponta pesquisa.

O que Deus uniu o homem separa. Um cruzamento entre dados de estado conjugal e religião realizado pelo Núcleo de Estudos de População (Nepo) da Unicamp a pedido da Folha de São Paulo mostra que a fé não segura casamentos.

A proporção das mulheres separadas, desquitadas ou divorciadas de cada igreja é muito similar à distribuição das crenças pela população.

A base utilizada foi a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher, de 2006, do Ministério da Saúde e abarca mulheres em idade reprodutiva (entre 15 e 49 anos).

Se é relativamente fácil constatar que a fé não mantém casais unidos, bem mais difícil é descobrir o que o faz.

Segundo a pesquisadora Joice Melo Vieira, que cruzou os dados, estudos no Brasil e no exterior mostram que a preocupação é estar em relações satisfatórias. Como a separação já não é tão estigmatizada, o fim da união é sempre uma possibilidade quando as coisas vão mal.

No final, relata Vieira, o que faz casais à beira da separação pensarem duas vezes são a situação dos filhos e a questão financeira. Como hoje mais mulheres trabalham, a dependência econômica não segura mais o casamento. Já os filhos o fazem apenas por tempo limitado.

Estudos europeus apontam que durante a gravidez e o primeiro ano de vida da criança é mais baixa a chance de os pais se separarem.

Mas, à medida que os filhos crescem, esse deixa de ser um fator importante, e a probabilidade de separação volta a ser igual à de casais que nunca tiveram filhos.

Relação igualitária

Embora não haja uma receita para o sucesso da união, existem fatores preponderantes. O mais eficiente é a distribuição das tarefas familiares e domésticas entre o homem e a mulher. Quanto mais igualitária for, menores são os riscos de ruptura.

A maioria dos religiosos ouvidos pela Folha não se surpreendeu com os dados.

Para o padre Eduardo Henriques, a religião "entra em diálogo com outros elementos da cultura e há níveis diferentes de adesão à fé". Há desde o sujeito que se casa na igreja só para contentar a família até os que realmente creem no sacramento.

O pastor batista Adriano Trajano é mais veemente: "Religião não segura nada. O casamento deve estar seguro por amor, confiança, caráter e dedicação. Nenhuma dessas virtudes é conferida pela religião. O indivíduo precisa ser educado nelas".

Marcos Noleto, teólogo adventista, diz que o abismo entre teoria e prática vai além do casamento: "Em números redondos: só 20% são dizimistas; 30% frequentam os cultos do meio de semana".

Uma exceção parcial é o pastor luterano Waldemar Garcia Jr.: "As estatísticas podem até afirmar algo diferente, mas vejo que a religião auxilia na manutenção saudável das relações. Temos um trabalho de aconselhamento, com função preventiva".


Fonte: Folha de São Paulo

OMG News: Igreja Universal do Reino de Deus construirá réplica do Templo de Salomão, com pedras trazidas de Israel

A Bíblia explica que o rei Davi, durante o seu reinado, decidiu construir um templo para a habitação de Deus, pois não aceitava o fato de ele, um mortal, morar em um palácio rodeado por riqueza e conforto enquanto a arca do Senhor ficava em tendas e tabernáculos. Porém, o Senhor, por meio do profeta Natã, o advertiu dizendo que a construção não deveria ser feita por ele, mas por seu sucessor, o Rei Salomão. Davi, antes de deixar o trono para seu filho, ajuntou as reservas do reino – 100 mil talentos de ouro e 1 milhão de talentos de prata mais o seu tesouro particular, 3 mil talentos de ouro e 7 mil talentos de prata refinada – e ofereceu para a construção da casa do Senhor. Sendo que um talento de ouro equivale a 36 quilos de ouro e um talento de prata equivale a 36 quilos de prata. Portanto, o rei Davi doou um total de 360 mil quilos de ouro e prata, que correspondem a um valor superior a 10 bilhões de reais.

Após 7 anos de obras, o templo foi erguido pelo rei Salomão, e usado por anos pelo povo como lugar de culto e de entrega de sacrifícios ao Senhor.

Mesmo sendo tão glorioso e imponente, no ano 587 antes de Cristo, os babilônios tomaram Jerusalém e reduziram a cinzas o grande Templo. Décadas depois, foi feita a reconstrução no mesmo local do Segundo Templo, o qual também foi destruído. Hoje, a única parte erguida que restou da construção é o Muro das Lamentações, considerado por milhares de judeus e cristãos de todo o mundo como sagrado.

Para os judeus, ainda há esperança de que o Terceiro Templo seja construído, para que o Messias reine com eles. Porém, para que isso aconteça, eles terão que contar com alguma catástrofe natural ou mudanças governamentais que retirem do local a Mesquita de Omar, construção feita pelos seguidores do Islamismo.

Com bases nas orientações bíblicas, a Igreja Universal do Reino de Deus construirá a réplica do Templo de Salomão, aqui no Brasil, na cidade de São Paulo (SP). Será uma mega igreja, com 126 metros de comprimento e 104 metros de largura, dimensões que superam as de um campo de futebol oficial e as do maior templo da Igreja Católica da cidade de São Paulo, a Catedral da Sé. São mais de 70 mil metros quadrados de área construída num quarteirão inteiro de 28 mil metros. A altura de 55 metros corresponde a de um prédio de 18 andares, quase duas vezes a altura da estátua do Cristo Redentor. Com previsão de entrega para daqui a 4 anos, a obra será um marco na história da Igreja Universal do Reino de Deus.

O complexo também contará com 36 Escolas Bíblicas com capacidade para comportar aproximadamente 1,3 mil crianças, estúdios de tevê e rádio, um auditório para 500 pessoas, além de um estacionamento para mais de mil carros.

Projetado para causar o menor impacto possível ao meio ambiente, o templo será construído com materiais reciclados e regionais de alta tecnologia, que proporcionarão o uso racional da energia, possibilitando a reutilização de água e calor.

Na área externa será feito um memorial com 250 metros quadrados que poderá ser usado como um espaço para exposições e eventos. A ideia seria contar ali não só a história da Igreja, mas também explicar um pouco do funcionamento do templo como obra de engenharia.

De acordo com o arquiteto e autor do projeto, Rogério Silva de Araújo, o empreendimento é arrojado e emprega tecnologia de ponta, para que quando as pessoas entrem no local, viajem pelo tempo e sintam-se como se estivessem no primeiro templo construído por Salomão. “Começando pela fachada, passando pelo átrio e chegando internamente na nave, criamos uma visão de maneira a remeter as pessoas ao passado. Para tanto, estamos nos valendo de toda tecnologia de ponta associada ao bom senso na arquitetura de maneira a não criar este choque de épocas”, diz Araújo.

Ainda dentro da Igreja, uma arca representando a Arca da Aliança será colocada sobre o altar com o objetivo de proporcionar um efeito tridimensional, que, quando aberta, poderá ser observada totalmente em seu interior e também refletirá no batistério, criando a sensação, durante o batismo, de que a pessoa estará se batizando dentro da Arca. Na face frontal do altar serão aplicadas doze pedras representando as doze tribos de Israel, e todo o altar será ladeado por duas colunas diferenciadas chamadas Joaquim e Boaz, nomes também citados na Bíblia. A Igreja será no Brás (zona leste da capital paulista) e terá capacidade para mais de 10 mil pessoas sentadas.

De acordo com o bispo Edir Macedo, o local não será de ouro, mas as riquezas de detalhes empregados em cada parte do templo serão muito parecidas com os do antigo santuário. “Nós encomendamos o mesmo modelo de pedras de Jerusalém que foram usadas por Salomão, pois vamos revestir as paredes do templo com elas. Nós queremos que as pessoas tenham um lugar bonito para buscar a Deus e também a oportunidade de tocar nessas pedras e fazer orações nelas.”, comentou o bispo durante reunião realizada em São Paulo. Ele acredita que a visitação ao Templo não se limitará somente aos fieis da IURD, mas se tornará um ponto turístico e cultural, que atrairá pessoas do mundo todo.

Para o presidente da Juventude Judaica Organizada, Persio Bider, a iniciativa poderá promover um melhor entendimento ao povo brasileiro não judaico a respeito de Israel e dos judeus, eliminando preconceitos e o antissemitismo, ainda presente na sociedade. “Somente por meio do conhecimento mútuo poderemos erradicar qualquer tipo de preconceito ou discriminação por parte de ambos e, assim, trabalharmos juntos no que temos de semelhanças e nos respeitarmos no que pensamos e acreditamos de diferente. Temos muito em comum e precisamos nos unir para que seja possível trabalharmos ativamente em uma sociedade mais justa, positiva e focada em uma coexistência e inter-religiosidade plena, razão pela qual acredito ser muito interessante a iniciativa do bispo Macedo, que entendo amar muito a Terra de Israel e o povo judeu”, afirma Bider.

Por Cinthia Meibach

Veja o vídeo:

OMG News: Rio onde Jesus se batizou está poluído demais para celebração de batizados

O rio Jordão está tão contaminado que seria perigoso celebrar batizados no local onde Jesus recebeu o primeiro Sacramento, segundo a tradição cristã, denunciou esta quarta-feira a associação Amigos da Terra/Oriente Médio.

"Pedimos às autoridades regionais que cessem os batismos no baixo Jordão até que a qualidade da água esteja ali conforme as normas exigidas para as atividades turísticas", afirmou em um comunicado a associação de defesa ambiental, que menciona a possibilidade de um risco sanitário.

Até agora, o ministério israelense de Meio Ambiente não comentou estas denúncias.

O local onde Jesus foi batizado por São João Batista, há dois mil anos, segundo a tradição cristã, é conhecido com o nome de Qasr al-Yehud, e fica em uma região controlada pelo exército israelense, que proíbe o acesso perto da cidade palestina de Jericó, na Cisjordânia.

Nos últimos anos, após pressões do ministério israelense do Turismo, o exército tem autorizado a visita de peregrinos, por meio de solicitações especiais.

Em maio, a Amigos da Terra já havia denunciado em um relatório que o Jordão "se reduziu a um simples riacho no sul do lago de Tiberíades, seco pela exagerada exploração das águas e devastado pela contaminação".

Segundo a organização, 98% de suas águas foram desviadas por Israel, Síria - que explora seu afluente, Yarmuk - e Jordânia.

Fonte: UOL


OMG News: Bispo católico aos fiéis: ‘Não dêem seu voto a Dilma’

“Recomendamos a todos os verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à senhora Dilma Rousseff...” A frase consta de um artigo veiculado em página oficial da Igreja Católica na web.

O autor é Dom Luiz Gonzaga Bergonzini.

Ele é titular da Diocese de Guarulhos, em São Paulo. Pendurou o texto no sítio mantido por sua prelazia.

Traz no título uma citação de Jesus: “Dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”.

Foi com essa frase, ensina o bispo Bergonzini, que o Cristo “definiu bem a autonomia e o respeito que deve haver entre a política (Cesar) e a religião (Deus)”.

Faz parte da missão da Igreja, continua o bispo, “zelar para que o que é de ‘Deus’ não seja manipulado ou usurpado por ‘César’ e vice-versa”.

Pois bem. Na opinião do bispo de Guarulhos, o PT usurpa o que é divino ao se posicionar, “pública e abertamente a favor da legalização do aborto”.

Para Dom Bergonzini, o partido de Dilma atenta “contra os valores da família e contra a liberdade de consciência”.

O bispo recorda também que, no seu 3º Congresso, realizado em fevereiro, o PT “ratificou o Plano Nacional de Direitos Humanos, de cujo teor discorda.

Ele repisa: “A liberação do aborto, que vem sendo discutida e aprovada por alguns políticos, não pode ser aceita por quem se diz cristão ou católico”.

No parágrafo seguinte, faz a exortação aos fiéis:

“Isto posto, recomendamos a todos os verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à senhora Dilma Rousseff”.

Estende o conselho aos “demais candidatos que aprovam tais ‘liberações’, independentemente do partido a que pertençam”.

Não cita, porém, o nome de nenhum outro candidato. Nada de José Serra. Tampouco a evangélica Marina Silva é mencionada.

Em entrevista à TV Brasil, nesta quarta (21), Dilma foi instada a dizer o que pensa do aborto. Disse que é uma questão de “saúde pública”.

Lembrou que algumas mulheres, sobretudo as mais pobres, são compelidas a recorre a métodos abortivos pouco seguros.

A investida do bispo de Guarulhos chega num instante em que Dilma se prepara para receber, neste sábado (24), o apoio de representantes de 15 igrejas evangélicas.

No último final de semana, o vice da chapa de José Serra, Índio da Costa (DEM-RJ) já havia enveredado pela seara religiosa.

Índio chamara Dilma de “ateia”. Referira-se a ela como “esfinge do pau oco”. Nos processos que move contra ele, o PT inclui essas declarações no rol das injúrias e difamações.

Bem antes da campanha, numa sabatina promovida pela Folha em 2007, Dilma fizera o seguinte comentário sobre a existência de Deus:

"Eu me equilibro nessa questão. Será que há? Será que não há?".

Hoje, ela se declara católica. Assim como o vice Índio, o bispo Bergonzini não parece dar-lhe crédito.

Fonte: Blog do Josias - UOL